Vereador Renato Queiroz representa a Câmara Municipal de Boa Vista no evento “Imigrantes e Refugiados: crise em Roraima, desafio do Brasil”
O vereador e presidente da Comissão Especial da Câmara Municipal de Boa Vista, Renato Queiroz prestou contas de sua participação, em Brasília no evento promovido pela Interlegis com o tema “Imigrantes e Refugiados: crise em Roraima, desafio do Brasil”, que aconteceu no auditório Antônio Carlos Magalhães, no Senado Federal no último dia 16 de outubro.
Renato começou destacando a necessidade de estabelecer acessos que desconstruam a desinformação plantada em Brasília, que para ele é fruto da omissão e da falta de cuidado daqueles que poderiam ajudar na efetiva solução do problema migratório.
O vereador percebeu que na cabeça do comando brasileiro, a Operação Acolhida dá o total suporte necessário ao Estado neste momento, mas que a verdade de quem sabe e vivência o problema é bem diferente daquilo que é propagado.
Mais uma vez, apresentou números alarmantes que apontam a entrada de mais de 120 mil migrantes pelas fronteiras de Roraima nos últimos nove meses.
“A acolhida ajuda em torno de 7,5 mil estrangeiros e contraponto aos mais de 120 que entraram apenas nos últimos nove meses. O povo de Roraima vai se tornar tão miserável quanto aqueles que buscam dias melhores em território brasileiro. Precisamos nos unir para lutar e gritar por socorro”, frisou.
O vereador destacou que a Câmara Municipal mais uma vez demonstrou ser a instituição mais comprometida e engajada com os desdobramentos da dura realidade que foi imposta a todos.
“Hoje, para Roraima não existe um problema maior que a imigração. Precisamos de ajuda, mobilização e engajamento de todos para que de forma integrada sejamos escutados e ajudados. Vamos sacrificar nosso estado e população em nome de quê”, questionou.
Renato Queiroz informou ainda que na composição do Conselho Federal que determina as ações de suporte e apoio neste momento, não tem um roraimense em seus assentos, o que para ele, é um absurdo.
Vereadores fizeram colocações sobre o tema e destacaram a obscuridade com que são tratadas as prestações de contas da Operação Acolhida, uma vez que o montante disponibilizado para tratar menos de 8 mil estrangeiros é equivalente ao orçamento Municipal para atender, hoje, há mais de 400 mil habitantes.
Outro ponto preocupante relacionado pelos vereadores foi a escalada da violência e a entrada de facções criminosas de extrema periculosidade, pela frágil fronteira Norte do Estado, situações que precisam de mais efetividade no suporte da ações.
Para concluir, Renato lamentou o fato da “operação grito de socorro”, seguir sem apoio da população, mas frisou que os vereadores seguem comprometidos em representar o desespero da situação de todo o Estado.
“Mas uma vez reforço o pedido para que as pessoas se manifestem de forma correta, através da assinatura no abaixo assinado da operação “Grito de Socorro”, que está disponível no endereço eletrônico https://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/47806
Vamos participar e expor nossa indignação com a forma mentirosa com que estamos sendo tratados”, concluiu.