Estabelecimentos de Boa Vista poderão ser obrigados a informar motivo de indeferimento de crédito

por lucas93 — publicado 14/11/2018 18h30, última modificação 14/11/2018 18h30
Conforme o PL de Tayla Peres, um documento seria a única forma de comprovar o constrangimento por qual o consumidor passou por culpa de terceiros
Estabelecimentos de Boa Vista poderão ser obrigados a informar motivo de indeferimento de crédito

Vereadora Tayla Peres, autora do PL (Danielle Silva)

A Câmara de Boa Vista aprovou nesta quarta-feira, 14, o Projeto de Lei 238/2018, da vereadora Tayla Peres (PRTB), que pretende obrigar estabelecimentos comerciais ou financeiros a informar ao consumidor, por escrito, as razões de possíveis indeferimentos de crédito ou da negativa de aceitação de título ou crédito. A proposta agora depende da sanção da Prefeitura.

Conforme o PL, um documento por escrito seria a única forma de comprovar o constrangimento por qual o consumidor passou por culpa de terceiros. “Esta informação é necessária porque, atualmente, muitas vezes os consumidores são incluídos de forma indevida nos cadastros de proteção ao crédito e passam por constrangimento”, ressalta a autora.

Se sancionada, a futura lei obrigará a emissão do documento, que deverá constar a data do serviço, o nome do estabelecimento autor da recusa e o cadastro de proteção ao crédito consultado, quando for o caso.

Quem descumprir a lei estará sujeito às sanções previstas na Lei Federal 8.078/1990, que versa sobre a proteção ao consumidor. Para Tayla Peres, a medida irá assegurar “o direito de informação na relação de consumo, no caso específico de recusa de crédito e de títulos de crédito, tais como notas promissórias e cheques, em consonância com a legislação em vigor”.

NAS COMISSÕES

No primeiro filtro de constitucionalidade da matéria, a Comissão de Legislação da Câmara, o projeto foi rejeitado. Segundo o colegiado, a proposta, por se tratar de direito comercial e financeiro, só poderia ser legislada no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal.

O parecer da comissão foi derrubado pelo plenário, e o projeto seguiu tramitando nas comissões, obtendo aprovação nas comissões de Obras e de Economia.